sábado, 5 de setembro de 2009

Artur da Távola

TEMPO

Hoje eu sou poesia,
Pedaço de nuvem
Nas mãos do teu dia.

Eu sou amargura,
Espaço de espanto
Num céu de loucura.

Hoje eu quero ser jardim,
Temporada de espanto
No sorriso de teu sim.

Agora vai ser a vez
Da esperança sem lança,
Da amizade sem força,
Do afago sem sexo,
Do sexo sem falsa noção de esmagar.

Chegou o tempo
De ser
E amar

Nenhum comentário:

Postar um comentário