segunda-feira, 4 de maio de 2009

SERENO ALGOZ - OSWALDO ANTÔNIO BEGIATO



Parceira da lua, como a lua
Cheia minguando o luar, nua
Cheira a flor do campo:
Alecrim que nasceu à beira
De uma estrada passageira
Por onde eu já caminhei.

Muita falta faz esta luz de luar,
Parceira na hora do caminhar,
A quem já se acostumou a tê-la.
E este perfume de campo que contagia:
- Sereno algoz extraído da nostalgia.

E como é precisa a luz de luar
Preciso também é paciente suportar
A ausência, nos contatos por pensamento;
A presença, nas lembranças em movimento;
A espera, no tempo que vai passar,
Dos rastros que vão se formar.

Há uma cor que gosto de ver.
Há uma dor que gosto de sentir.
Há uma aventura que gosto de viver.
Há uma estrada pela qual vou partir.

São espinhos que me guiam;
São pedras que proíbem limites;
São esperanças que se recriam.

É um desejo que se espalha:
- A vontade imensa de te ver!

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